QUEM FOI A TIA GÊ

Geralda Duarte de Oliveira, carinhosamente chamada de Tia Gê, foi uma mulher negra, mineira, de ação, força e acolhimento. Sempre com o coração aberto, transformou sua casa em ponto de encontro para a comunidade, onde a presença das crianças era constante e bem-vinda.

Dona Geralda era muito cúmplice dos netos e da criançada da quebrada. Muito humilde, acolhedora e afetuosa, tinha também um temperamento forte, pouca paciência e uma “santa simpatia” que marcava todos ao redor. 

Enquanto as casas da vizinhança se enchiam de água, a dela — de grade baixa e portão sempre aberto — era inundada de pequenos visitantes. Recebidos com bolos, sopas e bolinhos de chuva, esses momentos deram origem ao que viria a se tornar o grupo Chorões da Tia Gê.

Com seu filho Carlos Augusto e os jovens do bairro, Tia Gê foi inspiração direta para a fundação do Bloco Chorões da Tia Gê, em 1973. Mais tarde, deu origem às oficinas gratuitas que hoje compõem o Ponto de Cultura. Sua casa virou espaço de resistência, afeto e luta por dignidade.

Matriarca inspiradora, seu amor pelo samba, cuidado com as crianças e liderança comunitária deixaram um legado vivo. Tia Gê é raiz, força e afeto que seguem nos guiando em cada novo projeto que floresce aqui.

Cada contribuição ajuda a manter nossas oficinas gratuitas e nossos eventos de portas abertas.

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